Quem diria que a dona da maçãzinha mordida pelos hippies Steve Jobs e Steve Wozniak, na Califórnia, em 1976, seria a primeira empresa privada na história do capitalismo a ter um valor de mercado de US$ 1 trilhão! Pois é. Essa marca foi atingida no último dia 2 de agosto, quando as ações da Apple superaram o patamar de US$ 207,00, um aumento de 50.000% desde que apareceram na Bolsa em 1980.
Mas, ao contrário do que muita gente poderia pensar, a história da Apple não foi linear rumo ao sucesso. Em 1997, por exemplo, ela quase faliu. Foi quando sua antiga arquirrival, a Microsoft, na época comandada por Bill Gates, fez um aporte de US$ 150 milhões na empresa. “Bill, obrigado. O mundo é um lugar melhor”, disse Jobs, imortalizado na capa da Time de agosto de 1997.
Essa parceria, contudo, sofreu certa resistência, quando Jobs anunciou o investimento de US$ 150 milhões durante a conferência Macworld Boston. A plateia vaiou a aparição de Gates via satélite. O acordo de 1997 não acabou com a concorrência entre as duas empresas de tecnologia. Na verdade, os dois empreendedores continuaram a moldar a indústria da computação juntos.
“A Apple é uma empresa incrível”, resumiu recentemente o CEO da Microsoft, Bill Gates, cuja empresa vale atualmente US$ 818 bilhões em Wall Street.
No início deste ano, já se especulava que uma das empresas da trinca de ases – Amazon, Apple ou Alphabet (dona da Google) – chegaria ao patamar trilionário. A dúvida era qual delas seria a primeira.
Entretanto, só no primeiro trimestre foram vendidos mais de 90 milhões de iPhones, que totalizaram US$ 53,3 bilhões em vendas e lucro líquido de US$ 11,5 bilhões.
Atualmente, a Apple vale mais que a soma do valor de mercado de todas as mais de 360 empresas brasileiras listadas na B3, que, somadas, valem US$ 847 bilhões.
Se um unicórnio foi escolhido para representar as empresas que adquirem valuation de US$ 1 bilhão, qual será a mascote que representará as que valem US$ 1 trilhão?
